*** Sanctus...Sanctus...Sanctus ***

terça-feira, 27 de setembro de 2011

as pontes





Jamais os que vivem nos ruidos do mundo encontrarão a semente que germina tambem
 no silencio, mas isso é uma morte anunciada para que outros nasçam,
 precisamos os monges morrer, sabes que já estamos mortos há muito
 tempo para o mundo?.


 Apenas somos pontes que ligam a humanidade ao Pai, 
pontes frageis e podres, mas ainda assim as 
únicas pontes que estabelecem o dia a dia do viver da igreja ai fora, somos um corpo,
 mas alguns membros apenas servimos para suportar o peso, olha somos isso, 
os que suportam o peso.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sobre a Oração de São Francisco


Senhor, fazei de mim um arado, para que nos corações dos homens, possa essa terra rude no amor, acolher as sementes das nossas orações, e desedentada com o orvalho das nossas lágrimas, que nascem nas fontes da nossa alma. 

Onde houver ódio, que eu leve o amor, amor que não pactua nem abandona os frágeis ao seu destino, mas através das armas do amor silencia as armas dos poderosos da terra.


Onde houver ofensa que eu leve o perdão, perdão que não espera o amanhã, para esquecer as feridas e os gestos do desamor do passado.Onde houver discórdia, que eu leve a união que deixa espaço à diferença e à escolha de outros caminhos, mesmo até aqueles que nos levam ao próprio Pai.

Onde houver dúvida, que eu leve a fé, partilhando a caminhada sem atirar o outro para fora dos caminhos da fé que nos aproximará mais um pouco da verdade.

Onde houver erro, que eu leve a verdade, não a minha verdade, mas a verdade que nasceu do compromisso do diálogo e da descoberta porque ambos fizemos caminho, ao invés de mostrar ao outro o meu caminho.

Onde houver desespero, que eu leve a esperança, que o pão chegará para todos à tua mesa Pai, e espaço para que todos se sentem ao Teu redor, sem intermediários da fé ou do perdão, porque Tu, ó Pai a todos convidas.

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. A alegria que deixa nascer na dor a verdade do compromisso do amor sem subterfúgios da palavra ou das areias teológicas dos homens, deixando lugar na cruz à redenção de todos sem distinção de raças, credos ou nações.

Onde houver trevas, que eu leve a luz! A tua palavra, não a palavra dos homens, para que todos possam chamar-te Abba .. Paizinho.
                                                  Ó Mestre, fazei que eu procure mais.
Consolar que ser consolado.
Compreender que ser compreendido.

Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
Perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a vida eterna!