*** Sanctus...Sanctus...Sanctus ***

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

irmã da tristeza

Ainda que o silencio abrace forte o teu coração, ainda assim o Pai consegue escutar os seus sussurros, que chamam pelo seu amor, coragem.


A alegria é irmã da tristeza, como poder deixar orfã uma elas! Abraça ambas verás que saberás caminhar melhor.


Filho, o tempo para o Pai não importa assim tanto como para barros como nós, importa sim o momento exacto, o agora, aquele em que sentirás e acolherás o seu abraço.


Filha, o abraço do pai é longo e forte, confia.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quando caminhamos junto ao Pai...



Quando caminhamos junto ao Pai, nada nos detém, nem a fome, nem a doença, nem a dor nada nos separará do amor de Cristo.


Monte e vale, a temperatura dos que caminham e caem, não porque o Pai coloque barreiras entre Ele e os que o desejam abraçar, mas porque sempre buscamos assentar arraiais e montar as nossas tendas, como os díscipulos, ao invés de apenas contemplar a grandeza do Pai.


Todos aqueles que buscam nos caminhos da espiritualidade a fuga ás suas próprias aungustias, procurando nos Evangelhos as palavras que sossegarão a sua alma nos medos da NOITE da ALMA, esses, ainda não perceberam que apenas são barro, matéria ainda em bruto, que está sofrendo um processo de moldagem e cozedura no FORNO da Misericórdia do Pai.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Diálogos junto ao Sacrário



Ia devolver-te o sorriso que me havias ofertado naquela manhã da alegria do reencontro, mas agora já nada posso fazer, outro pobre que passou por estes caminhos já o recolheu, era o único pão que tinha para lhe ofertar.

Eu queria  acordar o silêncio que trazes na alma,  mas o ruído das orações inúteis de tantos, ecoando no coração vazio de si mesmos, não permitem que o silêncio se afaste e dê espaço ao ruído das crianças que ainda somos todos, no coração do Pai. 

 Eu queria abrir-te a porta do Sacrário onde habito, mas  o véu das teologias humanas, esconde a chave da porta nos corações avaros dos  que se apoderaram da Palavra.

Eu queria abafar o grito de tantos silenciosos que chegam à minha Presença, mas o coração amado do meu Filho já os abraçou no seu grito da cruz. 

Eu queria sair ao teu encontro, mas preciso das tuas mãos para me ajudarem a erguer e caminhar ao lado de tantos que como Eu, caminham feridos pela violência  do desamor, ajuda-nos.

Eu queria embarcar na barca que é o teu coração, mas os passageiros-sentimentos, já pouco espaço deixaram para um pobre pescador de corações poder repousar aí o seu próprio coração. 

Eu queria chorar abraçado no teu próprio choro, mas as lágrimas de ambos irmãos que somos, já correm nos rios da misericórdia do Pai e desaguarão um dia, nos oceanos do perdão, para que ali, muitos marinheiros perdidos, possam encontrar o caminho da Esperança. 

Eu queria acordar os que já dormem na casa de meu Pai, mas a festa da ressurreição ainda não terminou, precisam ainda da tua presença para servires à mesa do Pai, onde muitos famintos do amor, esperam ainda que os sirvas e sacies a sua sede. 

Eu queria fugir com os que já fugiram para os desertos da noite, mas a luz que irradia o teu olhar ao bater à minha porta, cega a minha alma e obriga-me a caminhar pela tua mão, para que seja feita a Tua vontade, não a minha vontade. 

Eu queria deixar a tua voz entrar, aqui, no Sacrário, mas preciso que esqueças as palavras que aprendeste há muito, agora preciso que fales apenas o silêncio. 

Eu queria sentir a saudade-irmã que um dia nasceu comigo, mas sou apenas um prisioneiro do amor que habita no sacrário, sacrário igual a tantos lares esquecidos e pobres, onde habita na verdade o meu Pai. 

Eu queria dizer e receber um adeus dos que já partiram, mas os que ainda ficaram, impedem a partida, com a sua presença de filhos que esperam também o amor. 

Eu queria sentir a carícia da tua mão no rosto de tantos que são a minha própria presença, mas preciso que abras as mãos e deixes cair no solo da quietude as imperfeições que ergueste nos muros dos teus pensamentos, para assim puder sentir o toque de um filho que em ti amo eternamente, sim  abre as mãos para que o vento meu irmão leve para longe essas pedras do caminho da liberdade do amor. 

Eu queria dizer e falar tudo, mas tu és o meu TUDO, meu filho, que esperas o abraço de meu Pai.

sábado, 7 de janeiro de 2012

ao receberem do Pai o amor



O amor não conseguirá jamais viver sem se sentir refectido no outro que também ama, esse coração dos que agora ao receberem do Pai o amor desejam ajudar outros a amar também.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

sede desse Amor


O amor que desejo ofertar-te não me pertence, é doação do Pai,
 apenas deixa quem chega com sede desse amor  beber do teu coração, 
verás que a alegria habitará contigo eternamente.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Salmos: 131


1. Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim.

2. Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo.
3. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.

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Quem sustentará a espera que carrega o nosso coração sedento da verdade? E quem nos aplacará a dor dos olhos feridos pela verdade que vai ofertando o Pai, por causa das nossas palavras e gestos de rebeldia que O vão incomodando, obrigando-O assim a abrir a porta da luz para que, ao não incomodarmos mais, possa finalmente repousar um pouco da sua caminhada no nosso meio?

Será que consigo acalmar e sossegar a minha alma que sentiu o Teu toque?

Perdoa-me, mas não consigo acolher de maneira nenhuma as palavras do Rei David, não posso, não consigo, impossibilidade que não controlo em mim, empurrado que sou para os extremos dos abismos da sofreguidão de avançar mais e mais até tocar o teu rosto ó Pai. Sem esse toque, serei orfandade eterna, dor acolhida nos homens que são meus irmãos, teus filhos, sim, pede-me tudo mas esse resto de pão, não posso atirar fora da minha barca da alma, não suportaria as águas dos abismos da escuridão.

Quem!? Busca alguma criança que não chore nos seus gritos mais fortes por aquilo que deseja ou precisa? Quem, mostra-me ó rei David, e então ficarei silencioso.

Criança que silenciou, ou encontrou alimento e dorme tranquila, ou já partiu para a casa do Pai. Infelizmente ainda somos crianças famintas, e essa realidade não se compadece com a nossa espiritualidade forjada ou roubada nos nossos gestos ou das palavras dos outros, talvez para aplacar a fome. Não, inutilidade será; alimento que não nasça da terra onde nasce a origem da Palavra não presta, quando muito pode remediar, mas o faminto voltará ao seu próprio vómito como os cães, tal a fome que ficou nos caminhos por onde recolheu o fruto.

Assim como a dureza das palavras aqui pronunciadas por este barro, mais duros são os gestos dos fortes, que empurram o mais frágil na ânsia de conseguir primeiro o alimento! Por estes,  que ficam desarmados, na fragilidade que lhes deixaram nos caminhos da vida, por estes ó Pai, eu peço e me ocupo de “assuntos” que podem custar a minha própria alegria e segurança, sim, nem que para isso lute contra a própria omnipotência que te vigia os caminhos da aurora da verdade. Como Moisés, posso não chegar a ver a terra da promessa, mas contentar-me-ei em levar e dirigir até Ti, ó Pai, o povo que me colocaste no coração, os meus irmãos homens e mulheres.

Por estes, eu não esperarei como Israel, não descansarei até reconstruir um novo Israel, onde não mais haverá famintos e perseguidos.

Por estes, eu te peço ó Pai, que nos guies até à terra prometida, a verdade que libertará o teu povo definitivamente.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

a indigência dos filhos



A dificuldade não existe, apenas encontras a sua sombra nos medos do explodir do amor que arrebatará a tua alma ao infinito ACOLHEDOR, coragem

Precisamos sentir-nos ás vezes a realidade do pó que somos feitos, mas podes sim questionar, ainda assim o Pai não permitirá que o pó se dissolva no ar a não ser para cobrir o pecado da minha alma

Indigentes pelos outros que silenciaram no nosso egoismo silencioso que esconde o amor do Pai, precisamos pedir sim para que derrube os muros que impedem o outro nosso irmão de chegar até ELE

Recorda o pobre que se fez pobre, Francisco de Assis, mesmo assim na sua indigência foi um poço inesgotável do amor do Pai, porque não pedir se o Pai está e não rejeita a ninguém

Se souberas a riqueza e a carga de esperança que adormecida fechas no teu coração, não haveria oceanos que suportassem as águas dessas ondas do amor que nelas trazem

O centro do diálogo com o Pai, rodamos rodamos sempre em volta mas caimos sempre nesse colo que espera para acariciar e aquecer, filha não temas pede até cansares atua alma, pedir é confiar e confiar é saber que o Pai sabe e vai ajudar-te a depurar o menos bom nesse pedido

Compreendes agora a indigencia dos filhos, mesmo plenos de amor nas suas almas?

Já olhaste alguma vez como os pardalitos abrem a boca e pedem numa gritaria de pios a comida aos pais. Assim somos nós filhos do mesmo Pai

Agora alguma comida perde-se no caminho, não porque o pai não alimente mas porque as bocas dos passaritos (as nossas almas) não abram até á exaustão famintos de amor

E o Pai não pede que aceites ou entendas apenas pede que caminhes ao seu lado, verás que aprenderás a caminhar mais com passos mais equilibrados na fé

Filha existe uma fronteira onde a nossa finitude ainda não conseguiu passar, confiemos no Pai, Ele sabe e conheçe os nossos corações podes?

Cada dia é uma luta gigante na fé que nos sustenta, eu não estou imune, sabes, luto conjuntamente com todos aqui e ai fora, somos um corpo a Igreja e assim devemos caminhar amparando as nossas duvidas e fraquezas

Filha estar zangada com o Pai não é pecado, podes lutar e pedir explicações mas a ti compete buscar a resposta, quando, como, perdoa-me só entre ti e Ele

Oro para que estas salas jamais sejam pantanos de trevas e desamor e se tornem em gestos fecundos de perdão e misericordia que um dia o Pai semeou em vós

Pai, deixo nas tuas mãos a s incertezas do amanhã de todos nós, ama e acalma as tempestades do coração de cada um aqui presente!


Criança que chora,criança que brinca...

Sombra do nosso Deus, brisa do nosso amor que Ele compõe como um hino ao Eterno Pai.
Amados no Pai que nos une num só espírito, sede fortes e fieis até ao fim da caminhada, e Ele, estará esperando, ao fundo do caminho, para o Encontro.

Agora, os passos serão mais profundos e colherão neles maior quantidade de frutos, se neles aprofundardes a vossa alma e intelecto.

Podes fazer da tua alma um refugio para Ele, só basta abrires as portas.



Que ao entardecer da vida as vossas mãos possam acolher a dor dos que chegam á vossa presença e pedem com o olhar a vossa palavra no silencio da alma.


Aquece-nos hoje, forte,
 oh Pai até que um novo Pentecostes rebente e germine nos nossos corações.

O amor é como: Criança pobre, criança rica . Criança que chora, criança que brinca, ó ser infantil ser puro e sem ardil que com esse teu belo sorrir estendes as mãos a pedir um pouco de amor. Apenas um pouco por favor. Sabes que é? Jesus que espera por ti.

Tu ama, que o Pai já te está amando há muito tempo.