*** Sanctus...Sanctus...Sanctus ***

segunda-feira, 1 de julho de 2013

o deserto é o meu nome



O meu coração sente a distancia e o silencio do amor, a minha alma sente a falta do abraço, os meus olhos apenas descobrem olhos que choram ou estão aterrorizados pelo desamor que mata e tortura, até as crianças já nem uma flor podem colher, porque os homens arrasaram os campos outrora floridos:Triste Primavera de esperança, ò Pai santo misericórdia!

Perguntas-me porquê silencio? nem hoje reconheço esse irmão em mim, apenas sinto que o deserto, apenas, é o meu nome, procuro ficar, mas o meu coração foge dos gritos das almas feridas pelo desamor, pela Irmã Paz que chora

E na tentativa da fuga, apenas consigo cada vez ficar mais preso ao abraço do pai que não me deixa partir, para que sinta a segurança que só Ele nos pode ofertar

Todos somos um pouco tristeza no meio da alegria que cada filho sente ao olhar o Pai que abraça os feridos do amor, e oramos, oramos ajoelhando a nossa alma até à exaustão da Palavra

O silencio profundo só o encontraremos no silencio do Pai ao olhar o Filho que somos cada um de nós, feridos, junto à cruz do Filho, só ai está o silencio profundo

O Amor não é amado ,sim tens alguma razão, mas quem poderá a não ser tu e cada coração aqui presente a semear hoje um pouquinho de amor, no coração e na alma daqueles que sentem, a falta do amor, quem?

Um pouco cada dia, cada momento. Verás que onde apenas existia a terra árida que é um coração não amado, aí começarão a florescer as flores da esperança, coragem, cuida e semeia. 

Na Cruz encontramos o refugio, no amor do Amado é que devemos estar, somente amar é o que basta para nossas almas pequeninas, somos pequenas avezinhas que devem amar e semear o amor, amar , amar e amar é o que nos basta.

Precisamos parar as nossas fugas em direcção à cruz, ela agora é e deve ser apenas um sinal de redenção que dá vida, não a piedade que tolhe os passos da ressurreição.

Carregamos já demasiadas cruzes, agora é tempo de acender uma fogueira com esse madeiro e aquecer os corações frios e sós, tempo de nos libertarmos para a liberdade que nos desperta para o perdão e a compaixão infinita e eterna.


Por cada passo no caminho da dor, aí ficarão eternamente gravadas no solo, as tuas marcas dos pés e as do Pai, juntas e sobrepostas nas tuas, confia.

Por cada lágrima que escorrega do teu rosto, o pai já a recolheu também com o seu rosto, porque está encostado ao teu e aquece a tua alma com o sopro do seu amor.

Todos somos seres humanos, alguns talvez hoje feridos, mas aqui também desejamos acolher os feridos e ser acolhidos por eles, coragem desejamos te abraçar forte.