*** Sanctus...Sanctus...Sanctus ***

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ao encontro da Mãe de Jesus-no mês de Maio


Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança agitou-se no seu ventre; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo". (Lucas.1,41)

Aquelas que já sentiram a dor-alegria, provocada pelos movimentos de um filho no seu ventre materno, essas certamente saberão explicar o sentido da palavra Mãe.

A nós, seus filhos, resta-nos apenas ao olhar os seus rostos, abraçar as suas almas, num abraço eterno de amor.

Maria de Nazaré, também ela foi mãe. E também como todas as mães, recebeu esse abraço eterno de amor. Não um amor apenas humano, mas da própria fonte do Amor, que a elegeu para gerar no seu seio, o Filho amado, Jesus Cristo.

Maria, na sua condição de mulher, doou-se aos outros na sua maternidade, mas, ao conceber, a sua humildade tornou-se ao mesmo tempo grandiosidade, porque soube ser humilde. No seu silêncio, ocultava a origem do filho que trazia em si, o próprio Filho de Deus.

Ela sabe mesmo que um dia O irá perder, mas, ainda assim, aceita num "Sim, faça-se", o gerar eterno do Amor, aquele amor que irá um dia salvar a Humanidade. Eis, pois, porque a própria humanidade, caminha hoje ao seu encontro, num aprender intenso, dessa escola de amor, que foi o lar de Nazaré. E é precisamente em Nazaré, que toda a orfandade dos homens é acolhida e amada no seu próprio Filho. Quantos já não passamos por essa experiência, que é ver partir para a casa do Pai, a mãe que nos gerou e amou! Plasmar no papel esse sentimento, creio ser impossível! Os sentimentos vivem-se ou sentem-se, não se classificam nas palavras. Eles dialogam somente na linguagem do coração, pois é ai que têm morada!

Por isso, caminhamos ao encontro de Maria, quem melhor do que Ela aos pés da cruz, para compreender a linguagem dos órfãos! Quantas vezes, ao peregrinar no espaço do santuário de Fátima, olhava para aquela cruz, alta, rude e ao mesmo tempo imponente, e do outro lado, sentia o olhar de Maria!

Quantas vezes, sentia naquele encontro de olhares, toda a dor que deles brotava, num paradoxo da morte que gere a vida! Naquela humilde capela, apenas uma pequena luz, ilumina a presença do Filho, sob o olhar atento e silencioso da Mãe, como nos Evangelhos. Quantas vezes, buscava naquele olhar, as respostas que não encontrei! Apenas o seu silêncio, como que um grito ao mundo, esse porto dos nossos egoísmos! Somente um sussurro, que transportava no vento que passava, aquelas palavras do Evangelho:"Fazei tudo quanto Ele vos disser". (João.1,5)

Fazei. Faça-se. Têm-se escrito imensos livros sobre a mensagem de Maria! Será que ainda não percebemos que a verdadeira mensagem, aquela que Maria sempre nos indicou, é tão-somente a obediência ao Filho? Só através dessa obediência honraremos o Pai. Precisamos escrever menos e escutar mais a Maria, que apesar de ser a Mãe do Filho de Deus, continua escondida, discreta, mostrando-nos o CAMINHO, que é o único caminho, o seu Filho.

Para Ela, nada mais deseja, ainda que, como seus filhos, filiação selada naqueles derradeiros momentos da cruz, nas palavras do Filho:"Mulher, eis aí o teu filho,... Eis aí a tua Mãe" (João.19,26-27), tenha nascido um grande amor nos corações daqueles que sofrem como ela sofreu, e amam como Ela amou. Maria estará sempre presente entre nós, ainda hoje, como Isabel sua prima, toda a Humanidade poderá dizer: E donde me provém isto a mim, que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor?" (Lucas.1,43)

Sem comentários: