*** Sanctus...Sanctus...Sanctus ***

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

feridas na alma

Na madrugada da Esperança, as almas abraçam-se eternamente, agasalhando-se na capa da misericórdia do Pai que observa o Encontro.


Suavemente, mas com passos firmes, todos alargaremos os nossos passos em direcção ao Pai, que acolhe e abre a alma ás novas Primaveras do espírito.

Ontem, hoje, amanhã, que importa o tempo, cada momento é eterno, pois já fazemos parte do espaço do Pai.

A montanha é íngreme e as escarpas são ásperas e deixam feridas na alma, mas as mãos do que sobe, já foram substituidas pelo crucificado, para que não seja tão dificil a tua chegada ao cume da Santidade.

Quando os escaladores sobem a montanha, sempre estão ligados uns aos outros por uma corda para que não caia um no vazio, assim são os que vivem na comunhão da Palavra, não devem esquecer a corda da unidade, seria fatal para a comunidade.

O Pai tudo nos permite mas nem tudo nos convém, tudo nos ofereçe, mas nem tudo abarca as nossas capacidades de acolher por isso a misericórdia, essa réstea que nos deixa para caminharmo e erguermo-nos cada vez que cairmos.

O que é ser criança quando os anos já dobram os nossos joelhos, e qual o espírito de uma criança? Filha, a pureza do coração pede novo vaso, e isso é a ressurreição de novo a bater á nossa porta, que fazer?!!

Todos precisamos de voltar a olhar para uma flor com os olhos de uma criança, até sermos capazes de perscutar uma joaninha a subir pelas suas folhas não devemos ficar só pelo seu perfume.


A unidade é a essência da Trindade, como abraçar essa mesma Trindade se não caminharmos nos mesmo ramos da árvore do Pai, ainda que com funções diferentes?.

Quantas cargas de areia teológica foram precisas para erguer a igreja instituição? Infelizmente estava misturada com o salitre do mar das tempestades das filosofias humanas, e agora sentimos os muros dela a ruir, precisamos de acolher novos arquitectos da graça e da esperança.

O piloto será sempre o Pai, o leme, a Palavra, e a barca a igreja, mesmo quase a afundar a igreja é a que temos para navegar no mar do mundo, precisamos dos teus braços e de todos os dos outros para tirar a água impura que nela entra e a faz afundar lentamente.

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