*** Sanctus...Sanctus...Sanctus ***

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Já olhaste alguma vez...


Pedimos e não sabemos como pedir nem o que pedir, bastava silenciar e escutar a alma gemendo pelo eterno amor.



Na oração o pedido apenas deixará de ter sentido quando o teu coração for inundado pelo vazio que deixa espaço ao OUTRO que deseja ai habitar.

A dificuldade não existe, apenas encontras a sua sombra nos medos do explodir do amor que arrebatará a tua alma ao infinito ACOLHEDOR, coragem.

Precisamos sentir-nos ás vezes a realidade do pó que somos feitos, mas podes sim questionar, ainda assim o Pai não permitirá que o pó se dissolva no ar a não ser para cobrir o pecado da minha alma.

Recorda o pobre que se fez pobre, Francisco de Assis, mesmo assim na sua indigência foi um poço inesgotável do amor do Pai, porque não pedir se o Pai está e não rejeita a ninguém.

Se souberas a riqueza e a carga de esperança que adormecida fechas no teu coração, não haveria oceanos que suportassem as águas dessas ondas do amor que nelas trazem.

O centro do diálogo com o Pai, rodamos rodamos sempre em volta mas caimos sempre nesse colo que espera para acariciar e aquecer, filha não temas pede até cansares a tua alma, pedir é confiar e confiar é saber que o Pai sabe e vai ajudar-te a depurar o menos bom nesse pedido.

Já olhaste alguma vez como os pardalitos abrem a boca e pedem numa gritaria de pios a comida aos pais. Assim somos nós filhos do mesmo Pai.


domingo, 29 de setembro de 2013

desertos do desamor





E ainda que  encontre a ovelha perdida o Pai, ainda assim estará esperando por aquelas que se perderam de outros redis, 
nos oceano dos desertos do desamor.

Filha, onde encontrar a alegria quando o encontro já marcou um coração e agora este está dividido por dois caminhos?

Abraço os vossos corações no Pai que a todos deseja acolher ainda hoje junto ao seu coração.

Um sono profundo deseja acolher o teu coração mas um peregrino do amor bate á tua porta para que jamais adormeça o amor em ti, alma que abraço no Pai.





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

...rocha segura e firme

A vulnerabilidade é armadura dos que abraçaram a pobreza da humanidade, mas podemos ser fortes, na mesma, pois na fraqueza 
no Pai nos ampararmos como rocha segura e firme.


Precisamos apenas como tecto o firmamento e como abrigo o coração sagrado do Filho, o resto o vento das tormentas que nos abraçam e abundam nas nossas ruas são apenas particulas da imensidão da graça do dado.


O silencio não existe, existe sim um espaço onde a palavra se acolheu e repousa nos braços da alma que já foi abraçada pelo silencio de Jesus na cruz.


O amor vem de Deus é verdade, mas jamais chegará ao coração dos homens se não o acolheres e ofertares nos teus gestos diários ao irmão que passa no teu caminho alma que abraço no Pai.


O povo escolhido é real e não apenas limitado ao povo de Israel apesar da palavra nos indicar o facto dessa escolha, mas se não pararmos no tempo e seguirmos o caminho do deserto logo sentiremos e descobriremos a natureza desse povo que é universal, todos os que são e acolhem a palavra do Pai.


Toda a caminhada dese povo ainda não terminou, a terra prometida é onde todos serão acolhidos nos átrios do pai, o povo de israel simboliza a humanidade, que caminha guiada pelos seus que recebem a palavra para semear e amparar.


A promessa não se limita nem está subjacente a um livro, não esqueçam de colocar o contexto histórico e sócio-religioso, hoje ainda, Israel é um povo que foi acolhido e escolhido pelo Pai para ser depósito dessa promessa, não a possuir guardada nas suas leis, mas ofertá-la.

Foi o povo desse momento exacto, o Pai sempre fala a cada um pessoalmente, nesse encontro à época era um povo bem definido ,as doze tribos, mas agora dessas doze tribos saiu a família do Pai: todos os que O ama e são amados.     


Mais do que santos nos altares a igreja agora precisa mais de santos vivos, que presentes abraçam a alma dos corações feridos, os que já partiram, essa multidão dos santos, esses estão acolhendo junto ao pai os que buscam.

A sede é a nossa humanidade e a nossa pobreza, por isso a necessidade em caminhar sem olhar para a nossa miséria.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

precisamos acalmar e adormecer




Onde encontrar um porto seguro a não ser no colo do Pai.

Todos precisamos acalmar e adormecer como o Mestre na barca, ainda que os ventos soprem fortemente e aumentem a inquietação do coração, não esqueças quem guia a barca da esperança sim.


Um peregrino que já encontrou a barca, que acostou nas margens do amor celestial.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração.....


imagem da net

Comentários ao salmo 139

vs.1 “Senhor, Tu me sondas e me conheces”, pois vives em mim mesmo, És parte de mim e eu sou parte de Ti. Somos essência igual, em partes diferentes como tão bem pintaste na tua mão de pintor da criação, e a moldura que escolheste para me colocar foi  este meu corpo, matéria aproveitada na Tua criação. ”O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente.(Gen.2:7)”..... “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?( I Cor.6:19).

vs.2 “Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces”, Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.”(Lucas 12:12). Sim, quando falamos com o Pai e Ele nos fala, a linguagem só pode ser a mesma, a linguagem escrita no Espírito Santo que nos consola e ajuda a dialogar com o Altíssimo Omnipotente, permitindo assim o entendimento, “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”(Rm.8:22). O Pai fala ao mesmo tempo connosco, numa só voz, somos ambos gemidos inexprimíveis de Pai e Filho que se tocam e  sentem a necessidade do Toque.


vs.7  “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?” Presença que esconde o Rosto para que apenas se possa ver a Face nela reflectida, a Vida, que existe sem necessidade da eternidade porque ele é a fonte da própria vida. E as nossas fugas não podem encontrar repouso nem esconderijo na própria vontade, porque a vontade em si mesma já não existe, diluída na liberdade da escolha de filhos iguais: Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar” (João 10:35). Então porque fugir do Abba-Paizinho? Porque esconder-me, se Ele me carregará sempre nas suas mãos, para que onde eu queira ir, Ele me ajudará a chegar, mesmo contra a sua própria vontade, não violando a liberdade que ofertou, jamais.

vs.11-12 “Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; Nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.” “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.”(João 8:12); a VIDA exactamente isso, o sopro que recebemos, a luz e as trevas ainda que existam aos olhos dos filhos do Pai, e ainda que só se enxerguem esses elementos na nossa caminhada, abraçados nas suas partículas,  somos como reflectores da luz, por vezes embaciados pela dúvida e a fraqueza que não deixa enxergar bem a claridade do dia.

Vs.16 “Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.” Sim Pai, eu sei e sinto no meu coração de homem que sou ainda na caminhada do Todo, que me completarás e aperfeiçoarás como filho, por isso ainda faltam os dias que escreveste, para que a tua obra fique completa .

vs.23 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos” até ao ENCONTRO, em que finalmente não mais chorarei a ausência de um Pai, de um Filho e do Espírito Santo que abraçarão a minha existência e sejamos agora os quatro, um TU que se abraçam Eternamente.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

o deserto é o meu nome



O meu coração sente a distancia e o silencio do amor, a minha alma sente a falta do abraço, os meus olhos apenas descobrem olhos que choram ou estão aterrorizados pelo desamor que mata e tortura, até as crianças já nem uma flor podem colher, porque os homens arrasaram os campos outrora floridos:Triste Primavera de esperança, ò Pai santo misericórdia!

Perguntas-me porquê silencio? nem hoje reconheço esse irmão em mim, apenas sinto que o deserto, apenas, é o meu nome, procuro ficar, mas o meu coração foge dos gritos das almas feridas pelo desamor, pela Irmã Paz que chora

E na tentativa da fuga, apenas consigo cada vez ficar mais preso ao abraço do pai que não me deixa partir, para que sinta a segurança que só Ele nos pode ofertar

Todos somos um pouco tristeza no meio da alegria que cada filho sente ao olhar o Pai que abraça os feridos do amor, e oramos, oramos ajoelhando a nossa alma até à exaustão da Palavra

O silencio profundo só o encontraremos no silencio do Pai ao olhar o Filho que somos cada um de nós, feridos, junto à cruz do Filho, só ai está o silencio profundo

O Amor não é amado ,sim tens alguma razão, mas quem poderá a não ser tu e cada coração aqui presente a semear hoje um pouquinho de amor, no coração e na alma daqueles que sentem, a falta do amor, quem?

Um pouco cada dia, cada momento. Verás que onde apenas existia a terra árida que é um coração não amado, aí começarão a florescer as flores da esperança, coragem, cuida e semeia. 

Na Cruz encontramos o refugio, no amor do Amado é que devemos estar, somente amar é o que basta para nossas almas pequeninas, somos pequenas avezinhas que devem amar e semear o amor, amar , amar e amar é o que nos basta.

Precisamos parar as nossas fugas em direcção à cruz, ela agora é e deve ser apenas um sinal de redenção que dá vida, não a piedade que tolhe os passos da ressurreição.

Carregamos já demasiadas cruzes, agora é tempo de acender uma fogueira com esse madeiro e aquecer os corações frios e sós, tempo de nos libertarmos para a liberdade que nos desperta para o perdão e a compaixão infinita e eterna.


Por cada passo no caminho da dor, aí ficarão eternamente gravadas no solo, as tuas marcas dos pés e as do Pai, juntas e sobrepostas nas tuas, confia.

Por cada lágrima que escorrega do teu rosto, o pai já a recolheu também com o seu rosto, porque está encostado ao teu e aquece a tua alma com o sopro do seu amor.

Todos somos seres humanos, alguns talvez hoje feridos, mas aqui também desejamos acolher os feridos e ser acolhidos por eles, coragem desejamos te abraçar forte.


terça-feira, 25 de junho de 2013

Inquietudes


“De que lado habita a luz? Qual é o lugar das trevas, para que as conduzas ao seu domínio e lhes mostres as veredas da sua morada? Deverias sabê-lo. Job,38.19-21.

Como? Abba Abba, como? Caminhamos sem saber para onde, como. Algo nos alcança, pancadas mortas no asfalto, sons fugidos no vento que passa e ultrapassa o nosso espaço de vida.

Madrugada, silêncio violado. O grito ecoa abafado nas pedras dos caminhos, caminhos que já acolheram a tantos. Buscaram como agora nós, o palpável, que lhes possibilitasse lançar a âncora ao incerto, essa intemporalidade que não conseguimos abraçar; “Porque razão o Omnipotente não fixa os seus tempos”? Job, 24.1. É como se fora o nosso próprio grito que sai rude da alma, qual desafio à Presença “Mas poderá aquele que cai, não estender a mão, e aquele que perece não pedir socorro”? Job,30.24.

“Ah! Se pudesse pesar a minha aflição”! Job,6.1; essa carga dos derrotados pelo próprio medo que empurra aos abismos da palavra, dos silêncios que sufocam a própria Ira! “Queres então assustar uma folha levada pelo vento e perseguir uma folha ressequida...? Job,13.25; “Deixa-me só para que possa ter um pouco de conforto” Job,10.19. É o nosso grito o grito que se esvazia em nós, como a própria vontade de respirar, é como se desistíssemos da vida, do encontro.

O último gesto, esse gesto dos moribundos do amor e da graça que amarrada à impossibilidade do próprio AMOR, quer continuar presente, silencioso, estendendo a mão.

O parto aproxima-se rapidamente, e o ventre, essa mãe igreja, ainda não está preparado para acolher a Primavera do Espírito. Oh Mãe que te envaideces nas poeiras que cobrem o rosto dos santos que dormem em ti, prepara-te, que as dores geradas na própria DOR já se aproximam na sombra da cruz.
“O Senhor mo deu, o Senhor mo tirou; bendito seja o nome do Senhor” Job,1.21

Tempo do ENCONTRO. Tempo de calar. Tempo do Pai.

 Abraço-vos no PAI