Que a noite seja acolhedora para os que caminham na obscuridade.
O abandono dos bens terrenos para abraçar os bens eternos, nem sempre é sinónimo de desprendimento, podendo em muitos casos, ser apenas um meio subtil do próprio ego, satisfazer o desejo nele latente, mesmo que suprimindo nas renúncias do corpo, as exteriorizações dos desejos.
Muitos são os desertos que acolhem e dão morada ao caminhante da fé, mas apenas um nos levará ao ENCONTRO: (o deserto interior).
Toda a alma existe para ser um altar, altar onde alguns já uniram o seu sangue com o sangue precioso de Jesus, não em busca do “Sacrifício”, mas em busca de saciar aí a sede e fome do Absoluto, continuamente celebrado na Eterna Eucaristia.
Na caminhada da fé, todos ficaremos um dia suspensos sobre os precipícios dos desertos da alma, tentando encontrar nas teologias, o equilíbrio que não nos deixará cair nos abismos da noite obscura da alma.
Não te inquietes, deixa que o Pai sinta a tua alma chamar pelo seu nome.
Ofertar a dor, é insulto AQUELE que se agita no leito do sofrimento humano, cavado no espaço ocupado na cruz, pelo Filho que encarna o ABRAÇO eterno do Pai a todo aquele que sofre.
Acolher a dor não significa desistir da luta que a vida trava continuamente em nós, mas é no próprio acolhimento, que encontraremos a possibilidade de confrontar a dor com o “NÃO”, esse grito da alma á própria face da dor, que sentirá o bater da porta incessantemente no seu rosto, até que parta definitivamente.
Evocar a dor que a alma já acolheu e expressa na linguagem dos gestos e das palavras, pode significar” paz-acolhimento” ou “ira-rejeição”, mas é sobretudo através da linguagem do silêncio, que a dor se fará caminho, acolhendo nele todos os que chegam feridos pela obscuridade dos sentidos.
Podes começar a confiar, podes filho do Pai? Medo é apenas algo que nada pode contra a misericórdia do Pai que te ama.
Acolher a dor não significa desistir da luta que a vida trava continuamente em nós, mas é no próprio acolhimento, que encontraremos a possibilidade de confrontar a dor com o “NÃO”, esse grito da alma á própria face da dor, que sentirá o bater da porta incessantemente no seu rosto, até que parta definitivamente.
Filha, o Amor do Pai é eterno e imutável, mas nas mãos dos homens, tudo é troca e transformação entendes.
Quando percebermos a verdadeira realidade do AMOR nada mais nos resta a não ser habitar com o Pai.
Muitos tentam projectar na cruz o símbolo máximo da dor, mas é precisamente nessa cruz, que a dor voltou á origem de si mesma, e transformou-se em redenção, através do Filho de Deus.
Somos filhos de um Deus e aí a fusão da totalidade desse amor será o ENCONTRO, o resto são apenas caminhos.
Na caminhada da fé, todos ficaremos um dia suspensos sobre os precipícios dos desertos da alma, tentando encontrar nas teologias, o equilíbrio que não nos deixará cair nos abismos da noite obscura da alma.